DIAS DIFÍCEIS
A presidente Dilma Rousseff decidiu não gravar mensagem para o programa
nacional do PT, que foi ao ar hoje. Farei aqui uma análise segundo
dois pontos de vista. Aqueles que não gostam de seu governo, que se
opõem a ele ou que acreditam que ela tem de ser impichada estão
obrigados a fazer o óbvio: lembrar que Dilma é PT. Ela se elegeu pelo
partido. Fica difícil acreditar que a dinheirama do petrolão, que
irrigou a legenda, passou longe de sua campanha. Como ministra e como
presidente, ela tentou evitar, na prática, ainda que seus defensores
possam dizer que não fosse esta a intenção, que os podres da Petrobras
viessem à luz. Dilma é PT. PT é Dilma.
Agora
olhemos a situação pela ótica da presidente. É possível que ela esteja
ouvindo alguma ponderação do vice, Michel Temer, hoje coordenador
político. É simplesmente estúpido deixar que sua agenda se confunda com a
do PT. Quanto mais se distanciar do partido e dos baderneiros que Lula
pretende organizar numa frente única, melhor para ela.
Dilma está
relativamente sumida. Imaginem o que seria mostrar a cara na TV
justamente no horário do PT, partido que está mais sujo do que pau de
galinheiro. Por que ela faria isso? Já basta ter se lançado contra a
terceirização, por pressão de Lula e dos petistas. Hoje, o PT é o
partido de João Vaccari Neto, o tesoureiro que está preso e conta com
apoio incondicional da legenda.
Aliás, se os
petistas tivessem o mínimo de cuidado com a presidente, não incluiriam
no programa imagens da dita-cuja. Lembrar que ela é uma petista só lhe
pode fazer mal.
E a coisa
vista pelos olhos do PT? Bem, meus caros, dizer o quê? Imaginem a
quantas anda a reputação de uma agremiação da qual até Dilma pretende
guardar distância…
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