A organização não governamental (ONG) Transparência Internacional
(Tranparency Internacional) divulgou hoje (5) o estudo Percepções da Corrupção
Index 2012, no qual analisa a situação em 176 países. O Brasil aparece em 69ª posição
no ranking. Na América Latina, o país fica atrás apenas do Chile e do Uruguai,
que estão na 20ª posição. Compartilham o topo da lista, com menos casos de
corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia. As piores posições no
ranking da ONG são ocupadas pelo Afeganistão, pela Coreia do Norte e pela
Somália. Nas Américas e no Caribe, as posições mais negativas são as do Haiti,
em 165º lugar, e do Paraguai, em 150º. Em nota, a Transparência Internacional
diz que os níveis de corrupção no mundo ainda são elevados, assim como casos de
“abuso de poder e relações sigilosas”. Para a organização, é necessário
intensificar as ações em busca da transparência de dados e informações
referentes aos órgãos públicos e sua atuação. A presidenta da Transparency Internacional,
Huguette Labelle, defendeu a integração de ações governamentais em busca do
combate à corrupção além da concessão de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela, é
fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para campanhas
políticas, além da definição de normas transparentes para a contratação de
serviços públicos. Labelle disse ainda que a intenção do estudo é incentivar os
governos a tomar uma decisão “mais dura contra o abuso de poder”. De acordo com
ela, os casos considerados mais graves estão no Oriente Médio e na África,
pois, em geral, os números indicam que houve uma estagnação e até retrocesso em algumas situações. No caso dos
países que ocupam a primeira posição, destacando-se em relação aos demais, como
Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, a organização considera o esforço público
– associado ao acesso aos sistemas de informação e à definição de regras
claras, que regem o comportamento dos que ocupam cargos públicos –
preponderante para evitar casos de corrupção. Nas piores posições, nas quais
estão Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, a ONG diz que faltam líderes responsáveis e instituições públicas
eficientes. Também estão em posições consideradas negativas alguns países da
zona do euro (17 países que adotam a moeda única), como Grécia, em 94ª posição,
e Itália, em 72ª, regiões que sofrem os impactos intensos da crise econômica
internacional. O diretor da Transparência Internacional, Corbus de Swardt,
disse que as principais economias do mundo devem dar exemplo de lisura,
verificando a atuação das instituições públicas e cobrando responsabilidade dos
gestores e líderes. “Isso é crucial. As instituições têm um papel significativo
na prevenção da corrupção", disse. Os países que estão em confrontos
internos, como a Síria e o Egito, também aparecem entre os apontados com graves
problemas de corrupção. A Síria ocupa a posição de 144 e o Egito a de 118. O
estudo completo está disponível no site da Transparência Internacional.
Agência Brasil
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