Jean Ricardo Galian usava documentos falsos para não ser reconhecido.
Policiais
militares do Paraná prenderam nesta quarta-feira (29), em Borrazópolis
(PR), um dos participantes do furto ao Banco Central de Fortaleza, em
2005. De acordo com a Secretaria de Segurança do Paraná, além deste
crime, o homem tinha cinco mandados de prisão em aberto.
Jean
Ricardo Galian, conhecido como “Gordo”, foi encontrado em um sítio de
familiares na zona rural do município. Ontem ele tinha sido abordado por
policiais em Mauá da Serra. De acordo com a Secretaria de Segurança
Pública e Administração Penitenciária do Paraná, os agentes de segurança
que o abordaram no dia anterior, suspeitaram o comportamento do homem,
ao flagrá-lo com outra pessoa no veículo.
Os
dois apresentaram documentos e como nenhuma irregularidade foi
encontrada, eles foram liberados. Uma nova análise constatou que as
informações eram falsas e que um dos suspeitos era Jean, participante do
ataque ao Banco Central. “A partir daí foi montada a ação deflagrada
por volta das 6 horas da manhã desta quarta”, explicou coronel Marcos
Antônio Wosny Borba. De acordo com o militar, o uso de documentos falsos
era para evitar a prisão.
A
Secretaria de Segurança do Paraná não soube informar se Galian cumpriu
integralmente uma pena pelo furto ao Banco Central. Procurada, a
Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus), informou que os internos são
liberados mediante orientação do Poder Judiciário. O Tribunal de Justiça
do Ceará (TJCE) foi procurado e informou que o caso ficou sob
responsabilidade da Justiça Federal, que ainda não se manifestou sobre o
assunto.
Galian
foi preso em setembro de 2006, quando participava da escavação de um
túnel que daria acesso aos cofres das agências da Caixa Econômica
Federal e do Banco do Rio Grande do Sul (Banrisul). Ao ser preso, ele
confessou sua participação no crime ocorrido em Fortaleza. Ele foi
condenado a 40 anos e seis meses de reclusão pelos crimes de furto,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Pouco tempo depois, a
Justiça reduziu sua pena a oito anos e seis meses de prisão.
Em
Fortaleza, foram levados mais de R$ 164 milhões em cédulas de R$ 50. O
túnel foi aberto a partir de uma casa alugada pelos criminosos.
via Jaco Costa
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