Os dados epidemiológicos da febre
amarela no Rio Grande do Norte mostram que o RN não é área de
recomendação de vacina, ou seja, somente as pessoas que moram no Estado,
mas que vão viajar para as áreas de recomendação, devem procurar um
posto de saúde, uma vez que não há evidências da circulação do vírus e
nem caso confirmado da doença até o momento.
Para os potiguares é recomendado que se vacinem apenas as pessoas que
vão se deslocar para aquelas áreas onde há transmissão e que tem
recomendação de vacina. “A orientação é que essas pessoas procurem os
postos de saúde com antecedência mínima de dez dias para se vacinar,
munidos de comprovação de viagem (passagem aérea ou terrestre,
comprovante de hospedagem ou endereço e contato de local em que irá se
hospedar)”, explica a Coordenadora de Promoção à Saúde da Secretaria de
Estado da Saúde Pública (Sesap), Iraci Nestor.
A vacina contra a febre amarela é
ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é
enviada, mensalmente, para todo o país. No Rio Grande do Norte foram
disponibilizadas 55.300 doses no ano de 2017, sendo que o estoque atual
na rede é de 11.110 doses. Todos os municípios estão abastecidos com a
vacina e o RN tem estoque suficiente para atender a população nas
situações recomendadas (viajantes com comprovação).
Além do RN, também estão fora da área de
risco os estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Ceará. A
coordenadora lembra que a vacina da febre amarela, apesar de segura, tem
reações adversas. “Por isso, assim como toda vacina, é preciso avaliar
as condições clínicas de pessoas imunideprimidas, grávidas, idosos,
alérgicos a proteína do ovo, entre outras”.
Vigilância da Sesap mantém população segura
A Sesap possui uma equipe de vigilância
epidemiológica que monitora todos os casos suspeitos, em homens e
animais, para que a população possa se sentir segura sobre a situação da
febre amarela e de outras doenças que possam ocorrer no estado, como
dengue, zika e chikungunya, chamadas de arboviroses por serem
transmitidas por mosquitos.
Apesar do Rio Grande do Norte se localizar fora da área de risco para a
febre amarela, desde o mês de janeiro de 2016 a Sesap vem intensificando
as ações de monitoramento das notificações de casos e de óbitos
suspeitos por arboviroses que apresentam manifestações hemorrágicas.
As medidas de vigilância e controle para a febre amarela ocorrem a
partir da notificação de evento suspeito. A partir dele, a Sesap inicia
as ações preconizadas para a vigilância epidemiológica, ambiental e
laboratorial para investigação, tais como: envio de sorologia para
laboratório para confirmação ou descarte das doenças investigadas,
investigação hospitalar e investigação ambiental na tentativa de
encontrar evidências para esclarecer o caso, incluindo a
disponibilização de equipes para apoio técnico ao município.
Casos humanos e epizootias, doença ou morte em primatas não humanos,
foram recentemente registrados em algumas áreas do país, principalmente
na região Sudeste. Porém, a Sesap esclarece que no Rio Grande do Norte
não há evidências da circulação do vírus e nem caso confirmado da doença
até o momento.
A subcoodenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Maria Lima,
explica que o Rio Grande do Norte não tem histórico de febre amarela. O
único óbito suspeito, ocorrido em 2016, foi investigado e teve resultado
negativo. Dos 24 casos de epizootias (morte de primatas) enviados ao
Laboratório Evandro Chagas, no Pará, 20 já foram descartados para febre
amarela.
“Fazemos uma vigilância constante, e a melhor forma de identificar a
circulação do virus é através da investigação de primatas doentes ou
mortos, que passam por exames laboratoriais que podem identificar a
febre amarela e outras doenças”. Caso seja detectada a febre amarela
nesses animais, todas as medidas que estão acontecendo em outros
estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, serão tomadas, e uma delas é a
vacinação.
SESAP/ASSECOM
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