“O aumento na geração de vagas com carteira assinada É muito forte para as mulheres, porque pega setores na educação, tanto do setor privado quanto público. É profissional para ensino de nível fundamental”, explicou Azeredo.
Em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro de 2019, houve geração de 270 mil vagas com carteira assinada. “No trimestre, foi São Paulo que puxou isso. Em São Paulo, teve aumento trimestral de carteira de 307 mil pessoas”, contou Azeredo.
O coordenador do IBGE pondera, entretanto, que a população ocupada com carteira assinada no setor privado ainda está 3,4 milhões de pessoas aquém do pico registrado no trimestre terminado em julho de 2014.
“Não vai recuperar isso tão cedo. O ponto mais baixo que teve da carteira foi exatamente no ano passado. Essa melhora de 480 mil em relação a um ano antes é porque você está pegando o ponto mais baixo da série, de 32,655 milhões de trabalhadores com carteira”, disse Azeredo. “É surpresa a reação da carteira, mas está longe de recuperar ainda o patamar mais alto da série”, completou.
Segundo Azeredo, os recordes negativos mostrados pela pesquisa – como desalento, subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e subutilização da força de trabalho – refletem uma situação ainda negativa no mercado de trabalho. Por outro lado, a geração de vagas com carteira assinada seria “um processo de reação no mercado”.
“Você tem 1,9 milhão de vagas geradas em um ano. Um quarto é com carteira assinada, supercomemorado. Mas 48% da geração e vagas é trabalho por conta própria, um quarto é sem carteira. Você tem aumento da população ocupada, mas o que está marcando a maioria desse aumento ainda é informal”, alertou Azeredo.
via BG
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