Após obter por fax na última quinta-feira (28) uma licença emergencial do IDEMA, a prefeitura de Ipanguaçu iniciou na manhã de ontem, com recursos próprios, a limpeza do leito do Rio Pataxó localizada em trecho de proteção ambiental. Às duas máquinas (PC 320) que trabalham desde ontem, somou-se hoje mais uma, enviada pelo governo do Estado. Desde 2009 que o prefeito Leonardo Oliveira tentava obter a tal licença. O acesso ao local é complicado. Além do acúmulo de águas, a área está tomada por uma densa vegetação. No entanto, nos pontos onde as máquinas já conseguiram operar já se percebe uma sensível melhora no fluxo do Rio Pataxó. “Esse trabalho é paliativo, já que apenas a macrodrenagem do Pataxó solucionaria o problema em definitivo, mas a ação é extremamente necessária. Por isso não há dia ou hora para esse trabalho terminar. Ontem recebi ligação da governadora Rosalba Ciarlini e solicitei ajuda, que enviasse pelo menos mais duas máquinas. Uma já chegou esta manhã. O governo também se comprometeu em auxiliar na assistência às famílias atingidas”, disse Leonardo Oliveira. Ainda segundo o prefeito, Rosalba deve visitar o município neste domingo. “Ela me disse que fará o possível para vir amanhã. Sua assessoria ficou de confirmar esta noite”, disse. Segundo dados atualizados no início da tarde deste sábado (30), já passa de 100 o número de famílias assistidas pela prefeitura e pela Defesa Civil. Desse total, quase 50 estão em abrigos municipais, enquanto as outras optaram por ser transferidas a casas de parentes ou amigos. “Todas as famílias atingidas estão recebendo total assistência, benefícios que vão de cestas básicas à assistência de saúde. Estamos preparados para servir à população da melhor forma possível”, afirmou o prefeito. Por precaução, Leonardo determinou na manhã deste sábado que tratores e retroescavadeiras reforçassem a estrutura de uma parede construída pela prefeitura em 2009 no leito do Rio Pataxó. A obra tem desviado mais de 90% das águas que corre em direção ao município. De acordo com informações da prefeitura, sem essa parede a água já teria invadido o bairro Frei Damião, que fica na entrada da cidade, desalojando um número ainda maior de famílias. O coordenador estadual de Defesa Civil, Tenente Coronel Josenildo Acioli, esteve na manhã deste sábado (30) em Ipanguaçu, onde participou de reunião na sede da secretaria municipal de Assistência Social, sede da Defesa Civil local. Na oportunidade foram debatidas ações prioritárias para a segurança dos ipanguaçuenses que habitam as áreas inundadas, ou possam ser futuramente afetadas. De acordo com o coronel Acioli, membros do Corpo de Bombeiros de Mossoró passarão todo o final de semana em Ipanguaçu. Há ainda a possibilidade de que uma equipe seja deslocada até a cidade durante nesta semana, para auxiliar no atendimento às famílias que tiveram suas casas alagadas pela cheia do Rio Pataxó. “É necessário que a população mantenha contato direto com a prefeitura e com a Defesa Civil. É fundamental que mantenham a calma e sigam as nossas orientações”, disse o oficial. Ipanguaçu vive desde a quinta-feira em Estado de Emergência, decretado pela prefeitura diante do constante agravamento das inundações. A medida foi tomada após recomendação da Defesa Civil do município. Dessa forma, a prefeitura pode pedir recursos ao governo federal para ajudar no reparo aos estragos. “Nossos recursos são limitados. Com recursos próprios nós estamos dando assistência a varias famílias, dando suporte às comunidades isoladas e pagando o aluguel das duas máquinas que estão trabalhando no Rio Pataxó. Para podermos fazer mais, é necessário contarmos com a ajuda dos governos”, disse o prefeito. As águas do Açude Pataxó invadem um número crescente de casas desde a última segunda-feira (25). Até a manhã deste sábado três bairros foram atingidos (Maria Romana, Ubarana e Manoel Bonifácio) e treze comunidades estão isoladas (Santa Quitéria, Barra, São Miguel, Luzeiro, Cuó, Lagoa de Pedra, Itú, Picada, Porto, Salinas, Deus nos Guie, Sacramentinho e Pau de Jucá). Os danos humanos, materiais e ambientais, além dos prejuízos à economia local, ainda não foram contabilizados. A maioria das famílias que precisou deixar as suas casas optou por abrigar-se em casas de parentes, em áreas não alagadiças ou em municípios vizinhos. “A prefeitura e a Defesa Civil realizou o transporte de várias famílias nestas ultimas horas para os abrigos municipais ou para as casas de seus parentes. Seus móveis e demais pertences estão todos devidamente armazenados, em segurança, até que esta situação se resolva”, informou Joildo Lobato, vice-presidente da Defesa Civil local.
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COM INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA DE IPANGUAÇÚ.
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