Delegado responsável pelo caso espera ouvir os profissionais até o final desta semana
Frascos com vaselina e solução hidratante apresentados na delegacia
A Polícia Civil de São Paulo já começou a intimar os 28 profissionais que faziam parte da equipe que estava de plantão no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga quando a menina Stephane dos Santos Teixeira, de 12 anos, morreu após ter vaselina líquida injetada em seu corpo. O delegado responsável pelo caso, José Bernardo de Carvalho Pinto, afirmou que pretende ouvir as testemunhas até o final desta semana.
De acordo com o delegado, é possível que os depoimentos comecem a ser colhidos a partir de quarta-feira (8).
- Provavelmente não vou ouvir ninguém hoje porque eles ainda estão sendo intimados. Eles devem vir a partir de amanhã.
Na segunda-feira (6), prestaram depoimentos o diretor do hospital, a mãe da vítima, e duas senhoras que acompanhavam pacientes na mesma enfermaria onde estava Stephane. No sábado (4), o delegado ouviu dois médicos, dois enfermeiros e um auxiliar de enfermagem que fizeram plantão após a morte da menina.
A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriram sindicância para apurar a morte da estudante no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. A Santa Casa comunicou que a equipe médica envolvida no erro médico foi afastada.
A gestão do hospital municipal é terceirizada para a Santa Casa. Em nota, a entidade comunicou que "os profissionais envolvidos no atendimento da paciente permanecem afastados até a conclusão das apurações". A sindicância do Cremesp apura se houve desvio de conduta ética pelos profissionais de saúde.
Entenda o caso
A garota morreu na sexta-feira (3), depois de entrar com sintomas de virose no hospital. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina.
O caso também está sendo investigado pelo 73º Distrito Policial (Jaçanã). Segundo os policiais, funcionários do hospital envolvidos no incidente começaram a ser ouvidos.
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