terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Polícia intima 28 plantonistas de hospital onde menina morreu medicada com vaselina em SP

Delegado responsável pelo caso espera ouvir os profissionais até o final desta semana

Tiago Queiroz/AE

Frascos com vaselina e solução hidratante apresentados na delegacia

Publicidade

A Polícia Civil de São Paulo já começou a intimar os 28 profissionais que faziam parte da equipe que estava de plantão no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga quando a menina Stephane dos Santos Teixeira, de 12 anos, morreu após ter vaselina líquida injetada em seu corpo. O delegado responsável pelo caso, José Bernardo de Carvalho Pinto, afirmou que pretende ouvir as testemunhas até o final desta semana.

De acordo com o delegado, é possível que os depoimentos comecem a ser colhidos a partir de quarta-feira (8).

- Provavelmente não vou ouvir ninguém hoje porque eles ainda estão sendo intimados. Eles devem vir a partir de amanhã.

Na segunda-feira (6), prestaram depoimentos o diretor do hospital, a mãe da vítima, e duas senhoras que acompanhavam pacientes na mesma enfermaria onde estava Stephane. No sábado (4), o delegado ouviu dois médicos, dois enfermeiros e um auxiliar de enfermagem que fizeram plantão após a morte da menina.

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriram sindicância para apurar a morte da estudante no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. A Santa Casa comunicou que a equipe médica envolvida no erro médico foi afastada.

A gestão do hospital municipal é terceirizada para a Santa Casa. Em nota, a entidade comunicou que "os profissionais envolvidos no atendimento da paciente permanecem afastados até a conclusão das apurações". A sindicância do Cremesp apura se houve desvio de conduta ética pelos profissionais de saúde.

Entenda o caso

A garota morreu na sexta-feira (3), depois de entrar com sintomas de virose no hospital. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina.

O documento da morte da criança aponta que 50 ml da substância foram aplicados e atesta que a causa da morte foi reação à medicação.

O caso também está sendo investigado pelo 73º Distrito Policial (Jaçanã). Segundo os policiais, funcionários do hospital envolvidos no incidente começaram a ser ouvidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tire todas suas dúvidas de como anunciar sua empresa em nosso blog

foxyform